
Por entre estas florestas, entre os montes e todas as paisagens, com tudo me identifico e ao mesmo tempo, com nada. Eu sou aquela águia ali. Houve um falcão que um dia me sussurrou: "conheces tão bem todos os corvos", e falou-me de quanto isso era estranho tão cedo. Mas afinal conhecê-los-ei? Porque não os faço voar como quero, então? Porque não consigo voar sempre mais alto? Porque não ganho sempre? E porque perco tantas e tantas vezes a altitude no voo? Olha para mim falcão, diz agora a esta simples águia o que se passa. Traduz-lhe em palavras aquilo que entendes de ti e dos outros corvos. Fá-la entender como fazer, o que dizer, e sobretudo o que querer para ser cada vez mais bem sucedida, sem nunca se magoar na asa, naquela asa que um dia já quebrou.
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