terça-feira, 11 de maio de 2010

Looking for paradise




Walking down the sideway
Looking for innocence
Trying to find my way
Trying to make some sense

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Amigos

. Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.
. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde .

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Right now


Por entre estas florestas, entre os montes e todas as paisagens, com tudo me identifico e ao mesmo tempo, com nada. Eu sou aquela águia ali. Houve um falcão que um dia me sussurrou: "conheces tão bem todos os corvos", e falou-me de quanto isso era estranho tão cedo. Mas afinal conhecê-los-ei? Porque não os faço voar como quero, então? Porque não consigo voar sempre mais alto? Porque não ganho sempre? E porque perco tantas e tantas vezes a altitude no voo? Olha para mim falcão, diz agora a esta simples águia o que se passa. Traduz-lhe em palavras aquilo que entendes de ti e dos outros corvos. Fá-la entender como fazer, o que dizer, e sobretudo o que querer para ser cada vez mais bem sucedida, sem nunca se magoar na asa, naquela asa que um dia já quebrou.